COITADO DO HD
Num ponto ou outro o instalador lhe fará uma pergunta estranha —
como você quer formatar seu disco rígido? Para sistemas Windows, existem algumas poucas respostas possíveis. Pode formatar em
NTFS ou
FAT, ou fazer a formatação
rápida em NTFS ou FAT. Você já parou para pensar na real
diferença entre formatação rápida e formatação completa?
Existe mesmo alguma diferença?
Se você vê “rápido e fácil” contra “total desperdício de tempo” como opções apresentadas em vez de formatação rápida e formatação completa, tenho que informá-lo que a Microsoft não desperdiça seu tempo por diversão. Sim, existem mesmo diferenças tecnológicas entre as duas opções e o que cada uma essencialmente faz. Entender os efeitos do que você escolhe pode ser muito importante, dependendo de alguns fatores sobre os quais terá que decidir. Para isso, dissecaremos cada opção para compreender o que acontece exatamente.
O que acontece na formatação completa
Formatando...
Muitos especialistas dizem que escolher a
formatação completa (preferencialmente NTFS em vez de FAT) é o melhor para seu computador. Por uma série de motivos, isso está correto. Uma formatação completa limpa de verdade seu disco rígido. Após realizada, não haverá nenhum dado que um utilitário qualquer possa recuperar.
Uma formatação completa também varre o disco rígido em busca de bad sectors. Se você não trocou seu disco por um novo, seu computador velho terá um que provavelmente é… bem… velho. Coisas velhas, como sabemos, tendem a quebrar com mais facilidade, dependendo do que se trata. Assim sendo, discos rígidos antigos são mais inclinados a ter bad sectors (embora essa possibilidade também paire sobre discos novos, se os dados fornecidos forem escritos de forma que o corrompa).
Se a formatação completa encontra um bad sector, ela tentará corrigi-lo. Uma correção bem sucedida significa que seu disco rígido tornou-se totalmente funcional novamente e
todo o espaço pode ser usado. Por fim, as tabelas do novo sistema de arquivos são cuidadosamente construídas no disco rígido e verificadas antes da instalação de fato começar.
O que acontece na formatação rápida?
Do outro lado, temos a
formatação rápida. Uma formatação rápida é quase o completo oposto de uma completa (é quase como se ela tivesse que fazer
alguma coisa para ser chamada de formatação rápida). Em vez de fazer barba, cabelo e bigode no seu disco rígido, a formatação rápida irá apenas apagar a parte de journaling do seu sistema de arquivos. Caso você não saiba, NTFS, ext3 e ext4, bem como o HFS+ são todos sistemas de arquivos com journaling. Isso quer dizer que um “diário” (“journal”, em inglês) é mantido com o histórico de quais arquivos ainda existem e onde eles podem ser encontrados no disco rígido. Uma formatação rápida simplesmente apaga esse diário e o sobrepõe com um diário novo, simples e em branco. Só isso.
Ela não refaz de fato o sistema de arquivos, não pesquisa bad sectors e não apaga os arquivos que estão nele. Portanto, assumindo que nenhum dado novo foi escrito de volta no disco rígido para sobrepor os arquivos velhos “escondidos”, alguém poderia usar um utilitário de recuperação de arquivos para encontrar e salvar praticamente tudo que estava no disco antes da formatação rápida. Como você provavelmente adivinhou, essa não é a melhor escolha para quem se preocupa com segurança.
Conclusão
No fim das contas, qual estilo de formatação escolher? Se você realmente ainda não conseguiu se decidir por si mesmo, seguirei a recomendação dos especialistas para que se faça a formatação completa; o tempo gasto vale a pena para preservar seu disco de danos potencialmente permanentes no futuro. Uma formatação completa também ajuda a aumentar a velocidade, eficiência e estabilidade do seu disco rígido. Entretanto, você deve ponderar os dois métodos e escolher o que acha ser o melhor.